sábado, 31 de março de 2012

Pe. Gisley: Sua vida em nossa história

   Um ano e nove meses sem Pe. Gisley

“Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas” (Jo 10, 15). 

Junto aos comemorativos do encerramento do Ano Sacerdotal, proclamado pelo Santo Padre, também recordamos, especialmente nestes dias, a vida do Pe. Gisley na vida da Igreja do Brasil, do Setor Juventude da CNBB e, de um modo todo particular, na vida de tantos jovens.

padre gisleyHá  um ano ele se despediu da gente, sem a gente se preparar... sem nem mesmo entender o por quê. É assim a vida. Se não nos entregarmos de corpo e alma por uma boa causa, ela não passa de um amontoado de anos repletos de problemas para serem administrados. Alimentar sonhos sonhados com Deus exige projetos, renúncias, sacrifícios, entrega... amor até as últimas conseqüências.

Pe. Gisley acreditou na vida; apostou nela e descobriu um caminho que vinha dos desejos de Deus: ser religioso e sacerdote para os jovens e com os jovens. Certamente não realizou tudo o que pretendia, mas é inegável que viveu apaixonadamente a causa da juventude do Brasil que Deus lhe confiara em seu ministério. Obrigado, Pe. Gisley, por esta opção de vida!

Ao celebrarmos, neste próximo dia 15 de junho, o primeiro ano de sua ausência, convidamos a todos a renovar o amor afetivo e efetivo pelos jovens e a reconsiderar os reais projetos pessoais e eclesiais a favor deles. Esta é a melhor homenagem que podemos prestar ao Pe. Gisley neste momento de oração e memória. 

Obrigado, Senhor, pela vida do Pe. Gisley em nossa história! Quanto brilho nos olhos e quanta paz inquieta o moviam! A Igreja do Brasil, o Setor Juventude, os jovens dos quatro cantos e de todas as forças de evangelização não o esquecem e se alimentam de seus projetos e de suas ponderações.

Obrigado, Senhor, pelos seus familiares e pela família Estigmatina que os geraram e o formaram para ser um colaborador na construção de vosso Reino. Abençoai-os!

Renovai em nosso coração o amor por vós, Senhor, e auxiliai-nos para colocar-vos como centro de tudo, pois somente vós sois ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’. Quando nos desviamos desta verdade, tudo se confunde e se relativiza, perde o sentido e o sabor, gera violência, desumaniza!

Iluminai-nos em nossos projetos eclesiais para que melhor atendam, acolham, eduquem e promovam os jovens a serem vossos verdadeiros discípulos e missionários, evangelizadores privilegiados de seus próprios colegas, cidadãos cristãos a serviço da vida de todos.

Senhor, neste momento de saudades e esperança, acendei em nós a chama do amor junto aos jovens: “É preciso resgatar no coração de todos a paixão pela juventude!”. Que este divino ardor desperte muitos jovens para o seu serviço no ministério sacerdotal e na vida religiosa. Que esta paixão provoque a criatividade e alimente a coragem de todas as lideranças juvenis e adultos na defesa da vida e dos valores dos jovens de nosso país, principalmente no combate às drogas e na luta contra uma vida desregrada e sem sentido.

Sagrado Coração, acolhei em vosso amor infinito o nosso querido Pe. Gisley e ajudai-nos a proclamar como ele: “Chega de violência e de extermínio contra a juventude”.

Amém.





quarta-feira, 28 de março de 2012

Yulo participa do 2º Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos

Membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual, Yulo Oiticica (PT) participa hoje, 28, do 12º Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, que reúne deputados federais e estaduais e vereadores, em Brasília.
Durante o encontro foi lançado a Rede Legislativa pela Memória, Verdade e Justiça, articulação das comissões legislativas de direitos humanos para colaborar com o esclarecimento das violações cometidas por agentes públicos entre 1946 e 1988, período estabelecido na Lei 12.528/11, que criou a Comissão Nacional da Verdade.
“Este é um espaço para troca de experiência, além de um momento histórico, pois a instalação da Comissão vai permitir o resgate de temas e episódios relacionados à repressão política, na época da ditadura expondo a verdade histórica sonegada durante anos”, ressalta Yulo.
Instituída no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, a Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça integrada por deputados de todos os partidos, com a finalidade de acompanhar, fiscalizar e contribuir com a Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Essa Comissão Parlamentar promoverá debates sobre temas e episódios relacionados à repressão política; ouvirá, em audiências públicas, agentes do Estado que atuaram na repressão e as vítimas da ditadura militar; recolherá documentos e mobilizará o apoio da sociedade civil às investigações e busca da verdade histórica sonegada durante os 21 anos de ditadura e ainda não cobrada nestes 26 anos de democracia.
Fórum Parlamentar de Direitos Humanos
O Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos é um espaço de articulação e troca de experiências com outras comissões legislativas de direitos humanos mantido pela CDHM desde 1995. Já foram realizados 11 encontros, sempre pautando temas de interesse comum e resultando em ações conjuntas, como fiscalização do sistema carcerário, mobilização pela aprovação da lei que tipificou o crime de tortura, defesa de direitos da criança e adolescente.
Na ocasião, será disponibilizada aos participantes uma nova edição do Manual Parlamentar de Direitos Humanos, com propostas para ações práticas na defesa, promoção e garantia dos direitos humanos.
Com informações ascom Câmara dos Deputados

terça-feira, 27 de março de 2012

Pinheiro cobra resposta sobre Operação Monte Carlo

pinheiro-agsenado
As notícias publicadas na imprensa durante o fim de semana, revelando que a ligação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, estava acima de um simples laço de amizade, levaram os senadores do PT, PSB e PDT a ingressar, na manhã desta terça-feira (27/03), com um pedido de esclarecimento à Procuradoria-Geral da República. Desta vez, a cobrança é para que o próprio procurador-geral, Roberto Gurgel, dê sequência à apuração e autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) investigar parlamentares envolvidos ou citados na Operação Monte Carlo da Política Federal.
“Estamos fazendo uma cobrança ao procurador para que ele possa cumprir suas funções e dar sequência a um processo de apuração. Fizemos esse pedido na terça-feira passada e isso não foi feito. Hoje cobramos o próprio procurador-geral, para que nas próximas 48 horas ele dê uma resposta à nossa petição”, disse o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Walter Pinheiro (BA).
Em entrevista coletiva, Pinheiro ressaltou que, em caso de o procurador não dar uma resposta à petição apresentada hoje, levará o assunto para discutir com os partidos que assinam a petição para definir qual será o procedimento a ser adotado. “Se o procurador não responder, vamos discutir com os partidos a possibilidade, inclusive, de representar contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)”, disse Pinheiro.
Perguntado se existe alguma dúvida a respeito da atuação do procurador-geral Roberto Gurgel por parte dos partidos, Pinheiro foi enfático ao dizer que não há dúvidas: “só pedimos para que ele cumpra sua função”.
Segundo Pinheiro, o procurador-geral declarou nesta semana ao País inteiro que, desde 2009 mantém informações que apontam o envolvimento de parlamentares de diversos partidos de Goiás com o bicheiro Carlinhos Cachoeira - preso em penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN) -, e que tais documentações não foram processadas para aguardar o desfecho da Operação Monte Carlo. “O que nos conta é que o procurador tem farta documentação. Há uma investigação encerrada e que não cabe mais a gente ficar aguardando notícias que vazam pela imprensa de uma suposta apuração em sigilo, mas que a cada momento sai com informações gravíssimas e que cabe ao procurador-geral dar sequência”, observou.
Portanto, disse Pinheiro, o objetivo e interesse dos partidos é que Roberto Gurgel dê encaminhamento aos processos e autorize o Supremo Tribunal Federal instalar uma investigação de uma vez por todas.
O líder enfatizou que a demora de uma manifestação do procurador-geral da República implica facilitar o trabalho dos advogados de defesa dos acusados, gera inconstância e, ao mesmo tempo, cria uma farra de informações de arapongagem montada no País que não se sabe a origem, quais interesses, e quem está efetivamente envolvido nesse ato ilícito. “Não estou preocupado com a agenda do procurador-geral, Roberto Gurgel, se pode ou não receber parlamentares. Estou preocupado com o cumprimento das funções constitucionais que são pautadas para ele”, comentou.
Perguntado se os partidos estão dispostos a levar o caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Pinheiro disse que será preciso primeiro saber se houve quebra de decoro. Segundo ele, o pedido a Roberto Gurgel é simples, ou seja, encaminhe para inquérito o julgamento de uma questão que envolve crime. “À Justiça cabe julgar o crime e ao Parlamento cabe julgar a quebra de decoro. Só podemos dar o passo seguinte se a gente tiver a informação efetiva dessas movimentações para caracterizar a quebra de decoro. Queremos exatamente que um processo seja aberto. Não há nenhum processo de investigação oficial contra os parlamentares”, disse Pinheiro.
Neste primeiro momento, a representação ao Conselho de Ética utilizaria matérias publicadas na imprensa revelando que Demóstenes Torres possuía um celular habilitado no exterior fornecido pelo contraventor; num curto período de tempo falou dezenas de vezes com o bicheiro; recebeu presentes de casamento de seu amigo; pediu dinheiro a ele para pagar um táxi aéreo e, o mais grave, conforme a revista Carta Capital, Demóstenes seria sócio de Carlinhos Cachoeira na exploração de jogos ilegais em Goiás.
 Foto: Agência Senado
Marcello Antunes

A Audiência Pública com o tema da Campanha da Fraternidade 2012, "Saúde Pública" Requerida pelo o Vereador Edinaldo Rezende foi um sucesso.

TEIXEIRA DE FREITAS- Durante a manhã desta segunda-feira, 26 a Câmara Municipal sediou a 6ª audiência pública requerida pelo vereador petista Edinaldo Rezende. Desta vez o tema abordado, Saúde Pública, foi baseado na Campanha da Fraternidade  da CNBB 2012. Tendo como principal convidado o deputado federal Amauri Teixeira, a plenária ficou lotada por estudantes da área de saúde, representantes populares e principalmente, contou com a participação dos servidores municipais, que estão mobilizados.
Mesa diretora

A mesa diretora foi presidida pelo próprio vereador Edinaldo Rezende e composta pelo secretário municipal de saúde Vagner Fernades, pelo padre Roberto da Paróquia São Pedro, promotor de justiça Ancelmo Pereira, representante da Fundação Padre José João Luiz Montinho, representante da CDL Manoel Pereira, pelo presidente da regional do PT João Bosco Bittencourt e finalizando, a vereadora Marta Helena.

Participantes da plateia questionando membros da mesa
Todos os componentes da mesa participaram das discussões e atenderam aos questionamentos feitos pelo público. O secretário da saúde foi o mais sabatinado e o tema mais abordado foi a precarização do atendimento feito nos postos de saúde. O coordenador da atenção básica do município Gunter Saboya assistiu a tudo do meio da plateia.

Um palestrante afiado!

O deputado federal Amauri Teixeira, já atuou na superintendência do INSS da Bahia e em 2007, com a vitória de Jaques Wagner, foi convidado pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, para ser um dos principais lideres de sua equipe.

Durante a audiência ele defendeu a valorização do SUS que : “atende a 70% da população do pais, exclusivamente”. Teixeira diz ainda que a saúde pública é muito mais abrangente do que se costuma descrever e que, para se prevenir doenças é necessário que se invista em ciclovias, fiscalização dos níveis de agrotóxicos no campo e ainda, em cursos de Medicina.

Ainda no início de sua fala o deputado percebeu o barulho vindo da rua. Eram os servidores das Secretarias Municipais e da área da Saúde que estão paralisados desde o dia 22. Assim que notou a movimentação o deputado fez questão de enfatizar a sua simpatia e solidariedade por quem se mobiliza em defesa dos próprios direitos.
Por: Michele Ribeiro
Em www.banoticias.com.br

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sindicalista declara guerra a exploração de trabalhadores florestais e termina como réu


Silvanio Alves de Oliveira
Silvânio: de defensor extremista a réu
Depois de encarar diversas lutas em benefício dos trabalhadores da área florestal, defendendo isonomia de salários e benefícios e, de mover ações na justiça com risco de perda milionária para empresas de celulose, o presidente do Sintrexbem Silvanio Alves de Oliveira foi afastado do cargo em 10 de Fevereiro deste ano. Ele foi julgado, primeiramente, em um processo administrativo e depois pelas justiças comum e do trabalho. Os acusadores são as mesmas pessoas que assumiram cargos de presidente, membro e relator do processo administrativo.
O argumento mais contundente para o pedido de afastamento de Silvânio foi o pagamento, pelo sindicato, de notas de produtos que não seriam de uso do próprio da entidade. Em uma das notas pagas aparece boneca, jogo de carta, jogo imobiliário e demais itens escolares.

A existência desta  e de outras notas da mesma natureza  e a sua quitação pelo sindicato foram mencionadas na decisão do juiz do trabalho, quando deferiu pelo afastamento de Silvânio do cargo pelo prazo de 90 dias. Consta na decisão do juiz: “considerando ser absolutamente inadmissível que os produtos referidos componham o rol de necessidades do sindicato, o requerido errou de uma forma ou de outra”. Contudo, esses produtos foram adquiridos em data anterior a posse de Silvânio.

O próprio presidente afastado faz sua defesa dizendo que as compras eram feitas pelos funcionários do sindicato por meio de um convênio firmado com farmácia e papelaria. De acordo com ele, as compras tinham cunho particular e depois de feitas eram pagas pelo sindicato e o valor correspondente descontado em folha: “eu quis honrar o nome da entidade e tem mais, esses valores já haviam sido descontados dos funcionários, não havia razão pra não pagar”, exclama.


Declaração de funcionária afirmando o uso do convênio para aquisições pessoais

Do outro lado, os sindicalistas que movem a ação para o afastamento de Silvânio, alegam que qualquer forma de uso do recurso do sindicato, precisa ser comunicada antecipadamente, o que segundo eles não aconteceu.

Apesar de terem usado as notas citadas para embasamento legal do pedido de afastamento do presidente, os diretores do Sintrexbem, incluindo o presidente interino João Edilson de Almeida, alegam que a saída de Silvânio está vinculada as suas atitudes “individualistas”, já que ele: “tomava atitudes sem comunicar o restante do grupo”, palavras de  João Edilson, ao mencionar que o compartilhamento de informações é cláusula do estatuto do sindicato.

O presidente interino, João Edilson, descreve Silvânio como um radical inflexível, que inviabilizaria o diálogo entre os trabalhadores e as empresas. Em contrapartida, Silvânio alega que a defesa dos direitos do trabalhador precisa permanecer acima dos credos e vontades particulares.

O presidente afastado diz ainda que a comunicação com João Edilson sempre foi muito difícil: “primeiro porque ele fica na Sub-sede, em Posto da Mata (distrito de Nova Viçosa-BA) e mora em São Mateus-ES, depois porque ele esteve com casos de doença na família”. Apesar disso, e-mails eram enviados comunicando ações, convocações e demais atividades.


e-mail avisando sobre o pagamento de dívidas

Quanto a acusação de uso irregular da verba ele diz: “ jamais quis o dinheiro do sindicato, pra provar, basta que se observe que eu peguei o caixa zerado, enfrentando cortes de energia  e o deixei com cerca de R$ 80 mil de fundo”.

Pingos nos is

O descontentamento dos trabalhadores das terceirizadas com a decisão da justiça do trabalho fica comprovado com a coleta de assinaturas feita por eles. O abaixo-assinado de apoio a Silvânio e reconhecimento de idoneidade reuniu mais de mil assinaturas em menos de 48 horas. “Os trabalhadores não querem que eu saia, então eu pergunto: quem quer? ”, questionou Silvânio.


mais de 1mil assinaturas

Abaixo assinado no detalhe (nomes foram preservados)





















O   trabalho  desenvolvido por ele a frente da entidade, de 6 de Janeiro de 2009, até o dia 10 de Fevereiro de 2010 desagradou, principalmente as empresas de celulose, já que ele reuniu farta documentação para comprovar a disparidade entre o tratamento dado aos funcionários da empresa e os terceirizados.

Almoço com pouca comida.
Entre essas denúncias estão a de precariedade no transporte, alimentação em má- condição de acondicionamento e de qualidade e quantidade questionável, falta de EPIs e outros.


armazenagem precária de alimentos
De acordo com o próprio Silvânio a comprovação do uso irregular dos terceirizados traria um prejuízo imenso, com valores na casa dos milhões para as empresas de celulose, mas garantiria salários, benefícios e direitos iguais para todos os trabalhadores da área florestal.


ônibus velho para o transporte dos trabalhadores
“Um ajudante de serviços florestais contratado da empresa de celulose ganha R$ 850,00. Um operador de trator, que  é mão de obra especializada, nas empreiteiras recebe R$ 760,00. Nas empresas de celulose os trabalhadores têm plano de saúde, odontológico,  cestas  básicas no valor de  R$ 140,00, cesta de Natal, bolsas escolares  e nas empreiteiras, não” detalhou o sindicalista.

Por discordar da postura das empresas de celulose, o sindicalista declarou em recente  evento realizado em Manaus/AM, sobre trabalho decente, ser contrário a emissão de certificações (FSC e  SA 8000) para as empresas de celulose. Ele argumenta que tais certificados são legítimos em casos de cumprimentos integrais das legislações trabalhistas e de manejo. Os auditores/certificadores estavam presentes.

A ausência de tais certificações praticamente impede a penetração da celulose nos mercados europeu e norte-americano.

Silvânio ainda encabeça uma ‘Ação coletiva sobre substituto  consensual de insalubridade’, que, em caso de vitória judicial, renderá para os trabalhadores (tanto das empresas, quanto das terceirizadas) mais de R$ 1 mi.
Por: Michele Ribeiro 
em www.banoticias.com.br